Olá, tudo bem?
Nas palestras que eu ministro, uma das principais dúvidas dos ouvintes é saber a diferença entre meditação comum e meditação mindfulness.
Neste post vamos conversar a respeito e esclarecer um pouco sobre esse tema cheio de controvérsias.
Então os tópicos são :
- As meditações mindfulness no contexto secular
- Quais são as meditações de um programa de mindfulness?
As meditações mindfulness no contexto secular
Mindfulness é uma capacidade inerente à nossa humanidade e que, para fazer parte da nossa vida diária, precisa ser cultivada a cada momento.
Todas as tradições contemplativas utilizam alguma forma de meditação para cultivar a atenção plena e resgatar o sagrado em suas vidas.
Mas para chegar até nós – ocidentais bem pragmáticos – essas técnicas precisaram ser remodeladas para atender às necessidades de autoconhecimento, bem-estar e qualidade na saúde mental.
Como Jon Kabat-Zinn argumentou , a proposta de meditar não é tornar as pessoas exímias meditadores, mas que enxerguem os momentos difíceis com um novo olhar.
As meditações mindfulness no contexto secular constituem o conjunto de técnicas formais e informais que fazem parte do cronograma habitual de um programa estruturado.
Essas técnicas treinadas de forma sistematizada desenvolvem a percepção de mindfulness na vida diária.
Utilizam as meditações clássicas das tradições contemplativas, principalmente às do Budismo. Contudo, o que as distingue das demais meditações clássicas é que enfatizam o foco concentrativo e a consciência aberta vinculados à experiência direta do momento presente.
O objeto de investigação das práticas de mindfulness é a experiência direta do momento presente através dos territórios da experiência como: pensamentos, emoções, sensações corporais e estímulos sensoriais presentes no ambiente, através de um atitude de gentileza e não-julgadora.
Desta forma, o fundamental é “abrir-se à experiência do momento presente, seja ela alegria, medo ou dor” (Germer).
Quais são as meditações de um programa de mindfulness?
Outro ponto importante é que as meditações mindfulness compõem quatro tipos principais de práticas mentais, que são : Escaneamento corporal, Respiração consciente, Observação de pensamentos e Consciência amorosa.
Essas práticas mentais são objeto de estudo em inovadores centros de pesquisa científica. Um desses estudos sugere que o treino em quem as pratica rotineiramente desenvolve as seguintes habilidades :
- atencionais (controle da atenção, interocepção, propriocepção);
- afetivo-mentais (metacognição e autorregulação das emoções);
- socioafetivas (empatia e compaixão).
As meditações mindfulness não enfatizam as práticas meditativas que contenham cânticos, mantras, orações, rituais devocionais, serviços, visualizações (chakras, mantras, divindades, cores, luzes), imaginação criativa, pranayamas.
Através de três elementos integradores (intenção – atenção – atitude), a prática de mindfulness como processo secular oferece a oportunidade de manifestar a qualidade de presença em nossas vidas, sendo uma forma de nos resgatar do estresse e da exaustão da modernidade.
E aí…
Este artigo foi útil para você? Pode também ser útil para muita gente!
Compartilhe essa ideia em suas redes sociais.
Por favor, deixe seus comentários e dúvidas aqui embaixo !
Até o próximo encontro!
Referências
Germer, Chistopher. Mindfulness e psicoterapia. – 2ª edição – Porto Alegre: Artmed, 2016.